*Eduardo Daniel | www.twitter.com/eduardosdaniel
Em 2008, um catador de latinhas de alumínio, precisava juntar 70 unidades para arrecadar algo em torno de R$ 4. Hoje, com 90 latas, ele não lucrará mais do que R$ 2.
À desvalorização do material por eles recolhidos, soma-se a concorrência dos moradores de rua, dos proprietários dos estabelecimentos que guardam as latas para obterem um lucro – embora pequeno – extra.
Outro ponto culminante é o fato de que as fabricantes das latas de alumínio reduziram o peso do material diminuindo a espessura da lâmina de alumínio para aumentar a produção.
Alguns catadores chegam a andar 21 quilômetros por dia e conseguem voltar para a casa com apenas R$ 20 no bolso. Um saco cheio de latinhas pode render até R$ 3 e muitos deles preferem guardar para vender um volume maior.
Enquanto o material não perde ainda mais o valor de mercado e as latinhas representarem uma fonte de sobrevivência para muitas famílias, as ruas brasileiras seguirão livres do lixo produzido após grandes eventos em locais públicos.
Além do temor social que a desvalorização das latinhas de alumínio pode trazer, o caos ambiental e higiênico nas grandes cidades também pode se tornar lastimável.
Seguindo a queda apresentada nos primeiros parágrafos, em dois anos poucos se aventurarão neste árduo ofício.
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Com dados do Diário Gaúcho de 09/03/2010
terça-feira, março 23, 2010
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