Eduardo Daniel | www.twitter.com/eduardosdaniel
É lugar entre os empresários a reclamação pela falta de mão-de-obra para os serviços mais simples. Culpam sobre tudo a política paternalista exercida nos oito anos de Governo Lula e enxergam mudanças nos anos vindouros de sua sucessora.
Esquecem, no entanto que a dificuldade de encontrar uma mão-de-obra que se submeta a condições de trabalho degradante e a salários incompatíveis com o nível de vida que o país possa oferecer, pode significar amadurecimento e crescimento econômico e não uma tendência dos menos favorecidos financeiramente ao ócio.
Este crescimento deve levar o Brasil a uma situação curiosa, já vivida pela Europa (que enviou emigrantes para os novos continentes no final do século 19): inverter a balança exportação/importação de mão-de-obra.
Não espero por muito tempo para ver circulando entre nós, hermanos oriundos de países latinos mais pobres. E é aí que o Brasil pode ensinar o mundo mais uma vez, ao permitir o convívio com harmonia, liberdade e igualdade entre todos.
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