*Eduardo Daniel | www.twitter.com/eduardosdaniel
Não bastasse os resquícios nazifacista da Voz do Brasil de segunda a sexta-feira às sete horas da noite em todas as rádios do Brasil, temos que aturar de dois em dois anos a propaganda eleitoral gratuita.
Gratuita uma pinóia! Se tem dinheiro pra contratar marqueteiro, que pague pelo espaço. Se não tem, que nem funde o partido. Ou me explique como alguém que não pode pagar uma mísera propaganda quer governar um país?
É um assalto aos cofres das emissoras de TV e rádio do Brasil estes dois espaços diários em horários nobres dado aos partidos que visam apenas se locupletar do erário durante os próximos anos.
A intenção da gratuidade do espaço destinado aos partidos é nobre, não fosse a enorme diferença do investimento de uns e de outros, além das brechas que a luta por segundos a mais de exibição circense deixa para o surgimento dos partidos nanicos que nada mais servem do que se prestarem ao serviço sujo e relés de capacho dos maiores.
Existisse equilíbrio de forças nas propagandas, não teríamos candidatos comendo palavras para dizer tudo o que querem dizer e outros com tempo de sobra para mostrar musiquinhas grudentas feitas por encomenda a custo de muito dinheiro.
Sem contar no tremendo desperdício de tempo com tanta bobagem e mentiras deslavadas. Ou tem gente que ainda acredita em Papai Noel, Coelhinho da Páscoa e Mula Sem Cabeça?
Todo candidato tem a solução para todos os problemas. Não sei então porque sofremos com tantas mazelas. Todos eles tocam em saúde, educação, segurança e geração de emprego. Mas seguimos morrendo em corredores de hospitais públicos, analfabetos, assaltados e de pires nas mãos em busca dos benefícios sociais, geração após geração, presidente após presidente, partido após partido, idelogia após ideologia...
E o mesmo lenga-lenga acontece nos debates. As perguntas são sempre direcionadas pensando na réplica e nada mais. Duvido que uns prestem atenção nas respostas dos outros. E como o discurso é sempre ensaiadinho, não?
Tudo dá tão certo, tudo é tão fácil. Todos são tão iguais...
Sei que política é importante (o problema são os políticos) e de toda a falácia em cima do tema de que quem não se interessa é governado por quem se interessa. Eu me interesso, mas mesmo assim sou governado por gente da qual eu não ligo a mínima. Desprezo e ignoro veementemente votando seguindo um conselho do mestre Raulzito:
– Vote nulo, não alimente os parasitas!
3 comentários:
Vote nulo, e deixe os outros decidir por você.
Poisé tio, se votar em nulo adiantasse alguma coisa... :(
Discordo da gratuidade. Na verdade, as emissoras de rádio e tevê recebem renúncia fiscal correspondente ao que arrecadariam durante os 50 minutos ocupados pelo Programa Eleitoral. Gratuito uma pinoia. Todos faturam. Menos o povo.
Outra coisa: votar nulo não resolveu e nem vai resolver. Porque basta um voto, somente um voto, para que qualquer parasita seja eleito.
Precisamos é cobrar postura e decoro de nossos eleitos. Exigir. Bem como os patrões fazem com o povo empregado.
E para encerrar, precisamos de apenas dois partidos. Sem essa de ficar em cima do muro. Ou tu é ou tu não é. E não existiria os nanicos para moeda de troca. Ah, não posso esquecer que o voto deve ser facultativo.
Postar um comentário