*Anderson Paes | www.twitter.com/andersonpaes
Bom dia! Segue um texto para seguidores e seguidos. Um texto em blocos que não ultrapassam os 140 caracteres. Apenas a refletir.
Discute-se política, piada, polêmica, pobreza, putaria. Que p@#%, não? Ora "falamos" sozinhos. Há alguém à deriva?
Lê-se de baixo para cima, de cima para baixo e tanto faz. Que importam os sentidos agora? A esta altura, quase nada.
Há no Twitter mais gente a dar RT do que a pensar e escrever. É auto-censura? Às vezes os outros falam mais besteiras que nós.
Por que copiam tanto? Pode-se criar mais. Diga alguma coisa! Traduza pensamentos.
Houve um tempo em que pensávamos por noites inteiras. Filosofia de praia. Conversa de quem não dorme.
Hoje pensamos, sozinhos, em poucas palavras. Com contadores de letras e espaços, símbolos gráficos... São 140 e nada mais.
Às vezes limitados pela métrica (?) de uma micro-mensagem, enviamos a nova garrafa com bilhetes – a ser levada pela maré. A perder de vista!
Mais uma onda quebrou na praia. As mensagens que por aqui chegavam eram únicas. Hoje a maioria vem com tampa plástica. E começa com “RT”.
1 comentários:
Citar pessoas sempre foi um hábito humano - vide nosso espaço "Citação de Hoje". Métrica e limitações de pensamento em geral também (não há nada mais desafiador que escrever um Haiku ou um soneto dodecassílabo).
Concordo que os RT acabam por evidenciar aquilo que se sabe: São poucos os dispostos (e aptos) a criar conteúdo. Criar conteúdo, ainda mais em uma mídia limitada, é algo extremamente difícil, e requer alguns exercícios de pensamento que nem todos estão dispostos a ter (e os dispostos, nem sempre dispostos 100% do tempo).
É como a TV. Se quem ler souber filtrar, pode até ser uma coisa útil.
Postar um comentário