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domingo, junho 28, 2009

Não troque seu diploma por um cacho de bananas

*Eduardo Daniel | www.twitter.com/eduardosdaniel

Toda a discussão por conta da decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) em decidir em favor da não obrigatoriedade do diploma de curso superior para a prática e o registro da profissão de jornalista, se bobear – alerta o sempre atento tio Bartolomeu – vai levar os diplomados contrários à medida, a transformarem seus canudos em coquetéis molotov para a guerrilha contra os que tomaram tal medida.

É preciso calma, antes de sair por aí rodando a baiana e oferecendo seu diploma por preço de banana.

Em primeiro lugar, aquele que diz que tem em casa um objeto inútil, tem, com toda a certeza, absoluta razão. O diploma de jornalista para este colega é tão inútil quanto o seria para ele um diploma de qualquer outro curso. Mais importante do que o simbolismo que aquele pequeno pedaço de papel possa ter, é o conhecimento sobre tudo aquilo que se prega como essencial para a profissão que foi adquirido nos anos em que os ditos estiveram nos bancos universitários.

Divagando com um professor de violão sobre dom e talento, é perfeitamente possível tirar um paralelo sobre qualquer profissão, suas qualificações técnicas e pré-requisitos. Eis o que o violonista diz:

— Dom não é nascer tocando violão ou qualquer outro instrumento. Dom é ter a vontade, muito mais do que a capacidade, de repetir por horas a fio um novo exercício. É calejar os dedos ao praticar uma nova técnica para buscar a perfeição.

Aqueles que tem o dom e o domínio da escrita, que seduz e prende os leitores num papel, não precisam se preocupar. Vai procurar uma qualificação universitária somente quem tem o talento nato. Ninguém vai sentar numa sala de aula acomodado com a certeza da reserva de mercado ou esperando se descobrir um jornalista.

Além da categoria inerente aos que, se não são gênios, estão próximos disso, o profissional de imprensa que possuir as técnicas para o exercício impecável do jornalismo, vai ser muito mais valorizado entre uma concorrência que faz o feijão com arroz. Entre aqueles que estão comemorando o fato de não precisarem mais do diploma pela desobrigação de alguns anos de estudo.

Quem não domina a técnica certamente não vai sobreviver no mercado apenas conhecendo o abecedário. E isso vale também para os diplomados.

Post-scriptum: Sou jornalista diplomado, registrado e carimbado.

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Colaboradores Ana Carla Teixeira, Anderson Paes, Camila Rufine, Carlos Karan, Deyse Zarichta, Eduardo Daniel, Emanuela Silva, Emanuelle Querino,
Emmanuel Carvalho, Fabiano Bordignon, Fabrício Espíndola, Francine de Mattos, Gabriel Guedes, Germaá Oliveira, Guilherme Marcon, Isabel Cunha, Kellen Baesso, Manuela Prá, Patrícia Martins, Thiago Antunes, Thiago Schwartz, Tiago Tavares, Valter Ziantoni,Van Luchiari, Vanessa Feltrin, Vitor S. Castelo Branco, Viviany Pfleger

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