Thiago Antunes | www.twitter.com/thiagofoto | www.thiagoantunes.com
Situação comum em um jornal de pequeno porte no interior do Brasil: o repórter sai para a cobertura de um determinado assunto e, de quebra, leva a máquina fotográfica do veículo (em casos não muito extremos a particular), para registrar as imagens inerentes ao assunto.
A ausência de um profissional de fotografia nas redações destes veículos é quase absoluta. O resultado desta dupla função são imagens meramente ilustrativas, sem conteúdo próprio, apenas para ocupar um espaço pré-determinado na diagramação.
Há casos onde o repórter tem aptidão para o fotojornalismo, e as imagens realmente contam uma história particular. Mas, infelizmente, são minorias.
Como resolver?
Contratar um profissional de fotografia é, basicamente, inviável. As redações de interior são, normalmente pequenas, formadas por um seleto grupo de pessoas que faz de tudo um pouco, da captação ao fechamento.
A saída mais simples, porém não menos eficaz, é dar treinamento na área de fotojornalismo. Caso a região não disponha de cursos e escolas especializadas, procurar uma conversa com profissionais da área, algo que pode partir do próprio repórter. Se houver necessidade de investimentos, será mínimo, e os resultados imediatos.
Além do conteúdo textual, a estética visual do jornal é um ponto importante na conquista e fidelização de leitores. Uma boa foto, tecnicamente bem resolvida e com conteúdo interessante, por si só vende uma capa.
Quer um exemplo de como isso funciona? Folheie a National Geographic.
São poucos os que lembram dos textos da publicação. E não é por serem ruins. Muito pelo contrário, as matérias são de altíssimo nível. Mas as imagens contam tudo. Mostram o que o cidadão comum talvez nem sonhe em presenciar pessoalmente. A fotografia é a grande referência.
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