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terça-feira, agosto 31, 2010

De olho no candidato caô

*Gabriel Guedes | www.twitter.com/gabrielzguedes

Estava aqui, terminando o ritual de tomar café da manhã, acompanhando a música e as notícias pela Itapema FM de Porto Alegre nesta terça-feira. De repente, me dei conta que estava ouvindo uma música muito bem composta no rádio. Era o Marcelo D2 (e eu não sou fã do D2) interpretando um dos sucessos de Bezerra da Silva: Candidato caô caô.



Ele regravou a canção recentemente, neste mês de agosto ainda. Tanto é que ainda nem há vídeo ou áudio disponível na rede.

Sem problemas. O que você vê e ouve aqui é o original do Bezerra da Silva, nascido nordestino, do Recife, sambista carioca, que morreu em 17 de janeiro de 2005, aos 77 anos de idade. Foi mendigo por sete anos em Copacabana. Mas resgatado das ruas por um Santo da Umbanda, deslanchou a carreira musical. Nunca deixando para trás as raízes e a criação no Morro do Cantagalo.

Justamente por morar numa das favelas do Rio, só "enxergava o Estado" quando a PM subia o morro ou em época de eleições, quando os candidatos resolviam "cair no gosto do povão".

Agora, 2010, praticamente faltando um mês para o pleito. Para conquistar o voto dos eleitores vale tudo. Candidatos "podres de rico", que tem "nojo de pobre em dias normais" (ou sem eleição), vão nas favelas e até apertam a mão do povo (passando alcool gel em seguida). Aqui no Rio Grande do Sul, tem candidato encarando até dobradinha e mocotó (que é ruim de comer, porque cheira muito mal). Quem é de fora (como é o caso da maioria dos candidatos à Presidência da República) tenta tomar chimarrão e queima a língua. Ah, e disfarça a cara feia para mostrar que está tudo bem. Em Santa Catarina, candidato que não sabe pescar, tenta tarrafear, para mostrar que é amigo dos pescadores artesanais, e só puxa algas e conchas. Vai tentar tirar o siri da rede e ainda leva um beliscão do crustáceo.

É, temos que ficar de olho nestes candidatos que tentam dar o golpe, o "caô", na hora de conquistar teu voto. Todos vendem a imagem de que são de origem humilde, de famílias pobres. O que eu duvido muito. O marketing político faz alguns milagres. Então, se os nossos políticos não estão sendo honestos agora, imagina então quando estiverem no poder. A minha dica é: sempre, mas sempre desconfie das intenções de todos. Nada é o que parece ser o que é.

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Colaboradores Ana Carla Teixeira, Anderson Paes, Camila Rufine, Carlos Karan, Deyse Zarichta, Eduardo Daniel, Emanuela Silva, Emanuelle Querino,
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