*Eduardo Daniel | www.twitter.com/eduardosdaniel
Tornou-se lugar comum para os fãs de automobilismo no Brasil, dizer que depois da morte do tricampeão mundial Ayrton Senna, a Fórmula 1 nunca mais foi a mesma. Uns dizem até que depois daquele 1° de maio de 1994 nunca mais acordaram cedo aos domingos para acompanhar uma corridazinha que fosse.
Puro jogo de cena. Pode apostar que quem nunca assistiu a uma corrida de Fórmula 1 depois da morte de Senna, também nunca assistiu uma prova antes de seu falecimento.
Também é evidente que a Fórmula 1 depois da morte do Senna mudou. Para pior, ou para melhor, é questão de opinião, mas o fato é que, a categoria mais famosa do automobilismo para nós brasileiros, mudaria com ou sem Ayrton Senna.
Lamentar, após cada escândalo de ética da Fórmula 1, a morte de Senna, ligando a sua pessoa a lisura que o esporte teria hoje, não faz o menor sentido, uma vez que, para Senna, o que importava mesmo era a vitória, custasse o que poderia custar.
Outro senão cabe ao fato de que o brasileiro, infelizmente e historicamente, não é tão ético quanto parece só porque joga tudo o que tem em mãos no ventilador a cada escândalo na Fórmula 1.
Se 90% dos brasileiros queimariam o Massa numa fogueira se assim pudessem, quase 100% também construiria uma estátua para Alonso, se o espanhol desse a preferência ao nosso compatriota.
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