*Kellen Baesso | www.twitter.com/kellenbaesso
Explosiva, infiel, amante, amada, amiga, justiceira. Esses são apenas alguns dos adjetivos que podem ser dirigidos à personagem de Edie Falco (ex-Sopranos) em Nurse Jackie. A série estreou sua segunda temporada nos Estados Unidos na última segunda-feira, dando sequência a uma bombástica season finale. Confesso, mais uma vez, sou muito fácil de agradar e Nurse Jackie me agrada bastante.
O enredo de Nurse Jackie mistura drama e comédia, com uma personagem que tenta fazer o que é certo, mas nem sempre consegue ou o faz da maneira certa. Por exemplo, em um dos episódios uma mulher chega esfaqueada e com a orelha de seu agressor na mão, o homem, bastante rico e influente, vai ao hospital para recolocar sua orelha, mas enquanto conversa com Jackie fala que a companheira gosta mesmo de ser agredida e que mereceu o que teve. Jackie não pensou duas vezes, saiu da sala, jogou a orelha no vaso sanitário e deu descarga.
A enfermeira tem certa semelhança com o médico mais querido do mundo das séries, House, uma vez que Jackie trabalha em um hospital, é viciada em medicamentos prescritos, sarcástica e de gênio forte. Mas creio que as semelhanças ficam por aí. Jackie é hilária, apesar de imoral, na minha opinião. Ela vive duas vidas completamente diferentes e não se abala com isso até o fim da primeira temporada. A única que sabe tudo sobre a jornada dupla da enfermeira é sua amiga, Dra. O’ Hara, vivida pela atriz Eve Best. No horário de trabalho Jackie tem um caso com Edie, responsável pela farmácia do hospital, ele é o “anjo” que fornece os remédios para suas dores e, mesmo sem saber, alimenta seus vícios. Fora do hospital Jackie usa uma aliança dourada na mão esquerda, é muito bem casada e mãe de duas lindas meninas. Em entrevista por telefone a jornalistas da América Latina, a atriz que interpreta a enfermeira define sua personagem como uma super-heroína falha. Alguém com muitas coisas instáveis, mas uma boa pessoa acima de tudo.
Outra confissão, o motivo que me fez assistir a série foi a presença do papai Cullen da série Crepúsculo, Peter Facinelli, que faz um excelente trabalho aqui. Cada personagem do enredo tem seu lado cômico, Dr. Cooper ou Cop, como prefere ser chamado, tem um tique nervoso que o faz tocar em lugares íntimos das mulheres quando fica nervoso e, além disso, tem duas mães, é tão egocêntrico que muitas vezes nem nota suas falhas. A estagiária Zoey, chamada por alguns de Ângela, questiona sua decisão pela enfermagem ao presenciar certas cenas no hospital, como uma enfermeira levando um tapa de um paciente. Mo-Mo, o enfermeiro que me cativou logo de cara, é gay, realmente brilhante e infelizmente está fora da segunda temporada. O’ Hara está sempre vestida impecavelmente e fica histérica com crianças, principalmente aquelas que danificam suas meias de U$ 80. Confusões, segredos e erros unem estes personagens que dão vida a esta série médica sensacional.
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