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segunda-feira, janeiro 11, 2010

Será que peguei Gripe Equina?

*Eduardo Daniel | www.twitter.com/eduardosdaniel

Publicado em 28/09/2009

Febre. Uma dor no corpo desgraçada e um tose seca dos diabos. Numa observação superficial qualquer um diria que eu posso estar com a famigerada já démodé Gripe A, a Gripe Suína. Mas, algo que aconteceu comigo no final de semana retrasado, coloca uma pulga atrás de cada orelha de minha avantajada cabeça: posso ser o primeiro caso de Gripe Equina registrado no mundo!

Contarei para vocês do mesmo modo que contei ao médico que procurei neste sábado, procurando cada palavra como um míope tateando o chão a procura de seus óculos: devagar, com esmero, pau-sa-da-men-te.

Saíamos em três cavalos. Vá bem, podem fazer piadas, dois cavalos e uma égua, a que, por sinal, eu montei. Como estava calor, fui de chinelos. Já nos primeiros minutos da marcha de minha montaria, meus dois calcanhares deram sinais de que rapidamente perderiam nacos de pele com o atrito direto com a barrigueira.

Antes de prosseguir a história, é de suma importância lembrar que essa mesma égua havia se recuperado de uma forte gripe dias antes.

Pois bem. Não sei se já viram um cavalo após alguns minutos de cavalgada. Se não, já devem ao menos ter ouvido algo do tipo, “o fulano ta suando que é um cavalo”. O equino sua às bicas e o suor da dita égua ao “lavar” meus ferimentos nos pés os fazia arder.

Dois dias depois, na segunda-feira, comecei com a tosse. Na quarta já sentia febre e na quinta, como todo virtual-hipocondríaco, caçava no Google alguma informação sobre a gripe nos cavalos e mutações para os seres-humanos.

A informação que eu procurava, mas não gostaria de encontrar, está no diário popular Extra, do Rio de Janeiro, no dia 21 de agosto, com o título: "vem aí a Gripe Equina?".

Para o chefe do Departamento de Pediatria da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Marcos Lago, é possível que apareçam, nos próximos anos, casos de uma gripe equina.

O médico ainda explica que existem três tipos de vírus dentro da classificação influenza: A, B e C. Dos três, o do tipo A é o único que atinge os patos, os porcos, os cavalos e os humanos. Foram as variações do vírus A que causaram a Gripe Aviária (H5N1) e a Suína (H1N1).

A forma como o vírus consegue sofrer estas mutações ainda é desconhecida da medicina. Na entrevista, doutor Marcos explica que é ao acaso.

O doutor ainda lista o cavalo como o próximo animal a nos passar esta enfermidade e pondera, dando um pouco de alento aos que, ao menos, não tiveram uma experiência como esta que mencionei:

— Essa relação se dá pela proximidade. Pode acontecer, mas o contato do homem com o cavalo é menos constante e incisivo do que com aves e porcos.

Se a teoria do amigo Anderson Paes em "Crise econômica e novas doenças" de que a cada período de crise se sobressai uma doença, a Gripe Equina bem pode estar guardada nas mangas ou na cartola de algum líder mundial para desviar o foco da próxima quebradeira global.

E, se eu estiver com essa novíssima gripe, que a CIA não fique sabendo, pois a pegando antes do tempo, estrago os planos para o novo aperto universal.

Sem mais delírios, deixo o computador e vou direto ao termômetro e ao anti-térmico. Caso não volte a escrever, vocês já sabem...

1 comentários:

Bianca disse...

Existe uma chance ;x

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CONTATO
Colaboradores Ana Carla Teixeira, Anderson Paes, Camila Rufine, Carlos Karan, Deyse Zarichta, Eduardo Daniel, Emanuela Silva, Emanuelle Querino,
Emmanuel Carvalho, Fabiano Bordignon, Fabrício Espíndola, Francine de Mattos, Gabriel Guedes, Germaá Oliveira, Guilherme Marcon, Isabel Cunha, Kellen Baesso, Manuela Prá, Patrícia Martins, Thiago Antunes, Thiago Schwartz, Tiago Tavares, Valter Ziantoni,Van Luchiari, Vanessa Feltrin, Vitor S. Castelo Branco, Viviany Pfleger

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