*Viviany Pfleger
Já tem três dias que o ano 10 começou, e o post do balanço do fim do ano ainda estava ali, nos fazendo lembrar da performance do Gelo em Marte em 2009. Amanhã é segunda-feira, recomeço de trabalho. Estão todos recuperados do fim de ano, ou ainda se encontram no trânsito e nas intermináveis filas após o feriadão...
Sem esperas pelo carnaval vamos ao post número um, certo? Diferente destes acontecimentos rotineiros do Brasil, minha virada do ano não foi tão comum assim. Foi bem diferente por sinal, e comemorada – com champagne – sobrevoando o Atlântico, com destino à Lisboa; o primeiro contato com a Europa, antes de pôr meus pés em Londres. Nem tudo é privilégio assim fácil, tudo tem seu preço, e que preço!
A TAP é uma boa companhia aérea, mas não conheço as demais que vão pro exterior pra poder fazer alguma comparação. O vôo fornecia atualizações precisas de distância, velocidade, temperatura externa, além de dar a opção pra ouvir música, ver filme, jogar videogame, e fazer compras no ar – duty free. A comida de Portugal não é das melhores, sabe? Então, nada como a opção "B": um bom pão com manteiga.
Os aeroportos de Lisboa e Londres são gigantes, e é preciso percorrer corredores e mais corredores até achar o terminal de vôo ou da localização da bagagem. Por um instante se pode pensar: O que eu vim fazer aqui?, mas é tudo muito bem sinalizado, não têm como se perder. Então retoma-se o desejo inicial da viagem e fica tudo bem.
Em Londres as liquidações de inverno já começaram. Tem coisas bem baratinhas, comparáveis ao preço do Brasil. Pena que o almoço – Pizza Hut individual – mais barato custa em torno de 8... libras. Multiplique por 3 e sonhe com um churrasco suculento do Brasil.
Estar na Europa é se imaginar no topo do mapa, e quando alguém, ou você mesmo fala do Brasil, já mentaliza uma região lááá do hemisfério sul. Vê o mapa de cima e de cabeça pra baixo. Tudo diferente. Por aqui muita coisa é melhor, mas outras não. Prefiro considerar que é diferente e que temos que aprender também a viver com o que é diferente.
A gente fica bem (ou mal?) acostumado com a nossa rotina e nem tentamos enxergar um pouco além do nosso portão, da nossa cidade, do nosso país. Ok, por horas isto nem faz diferença! E para algumas pessoas nunca fará. Mas sinceramente, é legal ver a grandeza e a diversidade de tudo. Aprende-se mais, aceita-se melhor algumas coisas, desafia-se, e tudo por conta de uma decisão de mudança, ou curiosidade, ou necessidade – ou turismo mesmo. Vale a pena, e nada de ter medos! O medo só fará com que se evite e deixe de viver coisas novas. Às vezes precisamos de desafios.
Está sendo bom começar um ano novo deste jeito, no velho mundo, sendo que em todo fim e início de ano é bom que pensemos sobre o que queremos pra ele, pra que não passe em branco ou corrido, sem desejos e sonhos realizados. Não é a administração que diz que é preciso fazer planos prévios, mas a vida.
Se você não se programar, dificilmente terá dinheiro pra viajar, comprar um carro, casar, ter filhos. Todos sabemos que existem simplicidades que não devem obedecer regras, e isto é bom que continue desde jeito. Porém, pra atingirmos outras coisas precisamos aprender a escolher, priorizar, e o mais importante: coragem. Feliz 2010.
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