*Anderson Paes | www.twitter.com/andersonpaes
Olá, cheguei ao Hemisfério Norte. Depois de umas dez horas de viagem desci no aeroporto de Toronto por volta das 5h da manhã (8h no Brasil). Mal senti os -5 graus que fazia lá fora. O cenário cinza e branco do saguão – bastante grande – me lembrava o filme Gattaca.
Pessoas de várias nacionalidades, idiomas diversos. Um corredor que não parece terminar. Com esteira para ajudar os que ainda estavam mais ou menos dormindo. Fila para a imigração. Algumas perguntas, outras respostas e um carimbo. Passado este ponto, com o formulário carimbado, um guarda o verifica e diz para seguir – em busca da mala despachada. Observo que alguns são encaminhados por ele para uma breve entrevista.
As malas vão chegando e girando no sentido anti-horário. Encontro a minha depois um bom tempo de espera. Muitas bagagens vindas do Brasil. Muitos a esperar. Sigo para minha conexão. Entrego o formulário a outro oficial canadense. Entro no elevador e estou no piso dos portões de embarque.
Ando pelo corredores amplos. Já passa das 6h30 e ainda é noite lá fora. Por volta da 7h faço o check-in para o vôo de Toronto até Vancouver. Foi aí que meu ‘inglês’ falhou. Não compreendi muito bem o que aquela senhora simpática, ao lado de um senhor tipo indiano que controla o raio-x, queria me dizer. Vendo que eu não compreendi perguntou se eu falava francês. Não! Foi quando olhei para o lado e vi um sujeito com um passaporte verde escrito Brasil. Ele me ajudou com aquela questão e ela de imediato perguntou: Hablás español? Tudo bem agora... estava praticamente “em casa”. Ela só queria olhar minha mala. O que viram de estranho não sei.
Caminhei mais um bom pedaço. Outro corredor daquele com esteira. Lojas. Bastante coisa das Olimpíadas de inverno – em fevereiro aqui Vancouver. Achei o tal portão 139 do meu vôo. Estranho como nesse tempo de espera a hora parecia passar tão rapidamente. Começou a clarear. Um Sol vermelho dá as caras.
Chegou a hora do embarque. Reconheci um brasileiro na fila – estava no mesmo vôo de SP pra cá. Caminho até o avião. Encontro meu assento. Quase durmo enquanto as pessoas vão entrando e caminhando até suas poltronas. Assim que decola eu começo a cochilar. São quase cinco horas até Vancouver – não tenho tanta certeza disso. Mas, enfim, cheguei.
Outra vez a esteira. Lá vem minha bagagem. Sigo para o lado de fora do aeroporto. Peço um táxi. O taxista puxa uma conversa e percebendo meu inglês não fluente pergunta de onde sou. Conto que vim do Brasil e ele exclama: Oh! Uma longa viagem. É cansativo!
É mesmo.
E agora, observo o dia cinza lá fora da janela do hotel – acredito que tenha pulado algumas partes da história porque estou quase dormindo. Boa noite pra vocês aí no Brasil, aqui são 18h horas agora e preciso – muito – descansar. Até breve.
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